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| Photo by Ekaterina Kuznetsova on Unsplash |
Existem coisas que incomodam e que não falamos, situações que preferimos não pensar e pensamentos que parece ser melhor esquecer. Tem vezes que "jogar a sujeira para debaixo do tapete" aparenta ser a solução mais rápida e que vai fazer com que a sensação ruim causada por qualquer coisa desapareça só porque está sendo evitado pensar nela. O problema nisso é que não é possível querer esquecer algo desagradável porque isso causa desconforto e ele continua lá, mesmo com o esforço para deixar de lado aquilo que incomoda.
Tem casos e casos. Às vezes, falar é a melhor solução ou a única. Ninguém vai saber se você não falar, não contar. Não é possível adivinhar exatamente o que está errado com outra pessoa, às vezes, é difícil até para ela mesma entender; talvez alguém extremamente empático consiga perceber alguma mudança, mas dificilmente vai entender com exatidão o que se passa. Desde que falar a coisa certa no momento certo me fez bem eu virei fã de uma conversa franca e esclarecedora.
Falar ou desabafar, neste caso, é um exercício que deve ser praticado talvez com uma certa cautela e com o devido cuidado
Tudo no seu tempo e na sua hora. Venho aprendendo que nós precisamos saber lidar, aceitar e conviver com momentos ruins e os piores dias. Não é sempre que estamos bem, dispostos, alegres, confiantes e todas essas coisas importantes para que estejamos o suficiente bem para o dia ser bom. Inquietações, desconfortos e agonias não são sentimentos bons, mas fazem parte e são necessários, todos eles têm uma função.
A questão de tudo é o autoconhecimento, quando a gente não se conhece fica difícil lidar com nós mesmos (?) parece a coisa mais confusa do mundo - e escrito parece ainda pior -, mas existe uma lógica que faz todo sentido. Não é tão simples quanto parece e para mim ainda é bizarro entrar em confronto comigo mesma e admitir que eu ainda preciso me conhecer, que eu não entendo os meus sentimentos e não tenho dimensão de coisas que fazem parte de mim.

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