Seguir em frente é melhor do que retomar

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 É difícil quando a gente se acostuma a conviver com alguém e, por algum motivo, essa convivência termina. Imagino que é triste para todo mundo e que exista a sensação de "o que eu faço agora?". Já falei antes de términos de relacionamento aqui no blog, mas a questão que eu quero abordar hoje é a superação, seguir em frente, seguir o baile e por aí vai... 
 É comum quando alguém entra na nossa vida mudarmos, em partes, a nossa rotina afinal, um relacionamento é basicamente como "inserir" alguém no nosso cotidiano. Quer dizer, dedica-se algum tempo à outra pessoa. Mas com a dedicação ao outro, não pode existir uma falta para com você mesmo, o que eu quero dizer é que não faz bem dedicar-se a alguém e se esquecer de você, se abandonar, se anular em algum sentido ou deixar de fazer coisas por você mesmo para priorizar fazer por outra pessoa. 
 Digo isso porque já cometi esse erro, já me deixei de lado, de fazer coisas por mim e tudo isso para dar prioridade a outra pessoa. O que aconteceu foi que quando terminamos, eu fiquei muito perdida e com uma enorme sensação de perda do tipo "e agora?". Claro que na época eu deixei isso ir muito longe, mas quando a gente começa a pensar em excesso, fazer demais pelo outro, a tendência é que esqueçamos de nós mesmos. Um dia só tem 24 horas e quando eu ponho uma coisa em primeiro lugar e deixo tudo para segundo plano é bem provável que eu deixe de lado muitas coisas.
 Acredito que, nesse caso, o que vale é não deixar de fazer nada por você, para você em razão de outra pessoa, e isso vale para qualquer situação. É muito mais difícil precisar retomar a sua vida, que ficou parada enquanto você estava com alguém, por exemplo, do que dar continuidade a tudo o que você já fazia, só que agora sem essa pessoa. Além de mais fácil, é mais saudável e muito menos frustrante porque aí é possível pensar que pelo menos você não deixou de fazer tal coisa e o término fica muito mais leve. 
 Mais interessante do que deixar de fazer é incluir a pessoa em algo que você goste/faça com frequência, por exemplo. Existem casos e casos, mas é muito mais doloroso, olhando pela perspectiva de que, além da tristeza do término, é preciso pensar em "por onde eu começo a viver a minha vida de novo?" quando a gente simplesmente se anula por outra pessoa. Quem te aprecia de verdade não vai te pedir isso ou exigir de alguma forma. É preciso entender que existe vida antes, durante e depois de um relacionamento. 
 Para concluir o meu ponto de vista, eu gosto de pensar que tudo nessa vida vale o esforço de descomplicar o máximo possível as coisas. Não é que alguém vá - ou deva - entrar em um relacionamento pensando no final dele, mas vale lembrar que tudo um dia pode acabar e o que nos resta, sempre, é a nossa própria companhia. 

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