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| Photo by Tiplada Mekvisan on Unsplash |
Isso não se aplica só aos meus e-mails, mas também a fotos, prints, conversas, contatos e, saindo do virtual, coisas quebradas, que não servem para nada também ficam lá, ocupando espaço e eu sempre usando como justificativa "pode ser que eu precise disso um dia, se eu jogar, com certeza vai me fazer falta". Pois bem, depois de me mudar de casa duas vezes e aquela notificação chata toda hora aparecendo dizendo que eu não tinha mais espaço no meu celular, eu me obriguei a rever algumas prioridades.
Existe uma grande diferença em ser uma pessoa prevenida e uma acumuladora. E acumular coisas, seja lá o que for, nunca é bom. Nessas minhas duas mudanças de casa eu joguei muita coisa fora, na verdade tralhas que eu guardava desde nem sei exatamente quando que só ocupavam espaço, deixavam a casa feia e desorganizada e me dava trabalho para embalar e colocar no caminhão da mudança. Foi muito bom desapegar disso tudo porque parece que um peso foi tirado das costas, não um peso grande, é mais como um incômodo, mas ainda assim é muito boa a sensação de alívio.
Cheguei a conclusão de que a gente guarda tanta coisa por insegurança. Às vezes a pessoa pode até ter consciência de estar acumulando tralha - ou só ocupando espaço no celular, no e-mail - mas é como se "acumular coisas" trouxesse alguma sensação de segurança, por exemplo: "se eu precisar de tal coisa, não vou ter com que me preocupar porque eu tenho ela guardada". Claro que virar acumulador não é a resposta para os nossos medos do dia a dia. Acredito que esta é uma das tantas neuras que todo mundo corre o risco de ter, mas é bom quando percebemos isso e nos desprendemos das coisas.

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