Empoderar: dar poder

 Em 1857 as operárias de uma fábrica fizeram uma greve em protesto ao salário medíocre que recebiam e à jornada de trabalho exaustiva de aproximadamente 16 horas diárias. Os patrões trancaram e incendiaram a fábrica para conter o protesto e 120 mulheres (aproximadamente) morreram queimadas. No século 19, em vários países europeus e nos Estados Unidos, foram organizadas greves lideradas por mulheres operárias, que protestavam contra o salário, jornada e melhores condições de trabalho e pelo fim do trabalho infantil. Foi na Dinamarca, em 1910, que ficou estabelecido que teria uma data anual do dia da mulher para homenagear as lutas em busca de melhores condições de trabalho.
 As lutas e a inserção no mercado de trabalho alteraram o papel social da mulher. A discussão sobre a mulher antes era limitada, assim como o seu papel na sociedade, que era voltado à gravidez e ao parto, apenas uma mãe inserida num contexto familiar. A partir da década de 60 começa a discussão do gênero e questões relacionadas a sexualidade.
 Atualmente, as discussões abordam também sobre como a mulher se enxerga na sociedade, seu papel social e isso depende diretamente do quanto ela se reconhece para exercer um papel. O reconhecimento de uma mulher precisa ser discutido fora da discriminação de gênero, além dos estereótipos e preconceitos de gênero, como por exemplo "uma roupa curta a faz ser violentada", "a mulher deve ganhar menos, mesmo quando exerce a mesma função que o homem porque ela engravida e precisa tirar licença maternidade".
 É necessário acreditar na possibilidade do empoderamento, discutir ser mulher em sua totalidade, não como apenas sendo mãe, gestante, ou do lar, mas sendo isso e profissional, estudante, ocupante de um papel social fundamental. Mulheres empoderadas resulta em transformação social, em todas as esferas, seja no lar, no ambiente de trabalho, na escola e em todas as faixas etárias. Feliz Dia Internacional da Mulher.

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